Jardins filtrantes – o paisagismo funcional
Ganha força no mundo o uso de jardins filtrantes para tratar água de chuva ou usada nas casas e indústrias. A tecnologia foi desenvolvida pelo Prof. Dr. Thierry Jacquet, fundador da empresa francesa Phytorestore.
O método desenvolvido, baseado em jardins, é utilizado para tratar esgotos domésticos e efluentes industriais, condicionar lodos de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), produzindo um composto fertilizante, além de realizar a biorremediação de solos e revitalizar rios e lagos.
Com tecnologia de simples compreensão, os projetos realizados pela empresa são baseados em 5 princípios dos Jardins Filtrantes, dos quais é a dona da patente:
1.Tratamento;
2.Paisagístico;
3.Biodiversidade;
4.Econômico; e
5.Gestão.
O tratamento de esgotos industrias, por exemplo, além de utilizar vários tipos de plantas, obtém sucesso porque o custo é baixo. “O preço para instalação é 20% abaixo de uma ETE convencional. Porém, a maior diferença se dá na manutenção que, por não utilizar produtos químicos e a capacitação da mão de obra ser simples, diminui visivelmente os custos em comparação com a ETE”, explicou Arnaud Fraissignes, gerente geral Phytorestore Brasil, filial instalada no país há apenas um ano.
Jardim filtrante de Thierry Jacquet
Com beleza, suas plantas e micro-organismos capturam e digerem matéria orgânica, fuligem e outros materiais que, do contrário, correriam direto para rios e lagos, perturbando o seu equilíbrio.
Como gosta de dizer seu criador, Thierry Jacquet, para montar um, basta imitar a Natureza com seus charcos. As espécies que crescem nestes locais são as que têm maior capacidade de limpeza. O tamanho? Varia conforme o volume de água a purificar. Este da foto trata toda a água da cozinha de 500 pessoas da Ecovila, em Findhorn, Escócia.
Jardim filtrante em Wuhan, na China, criado pelo engenheiro francês Thierry Jacquet.
Copiar os alagados é uma tática que dá certo e evita estações mal cheirosas. Esta técnica é chamada de wetland construída ou biorremediação ou phitorrestauração. Em Auroville, na Índia, ela trata até o esgoto, em um sistema planejado e integrado com a luz solar e biodigestores, batizado de living machine, pelo biólogo John Todd, seu criador. Os biodigestores são câmaras fechadas, capazes de acelerar a assimilação dos nutrientes. Eles servem também para capturar o gás gerado no processo e reaproveitá-lo na cozinha ou no aquecimento do banho ou da moradia.
O Instituto Ambiental é um grande difusor desta opção, que define como biossistemas integrados, e ensina comunidades brasileiras a usá-la, para manter suas águas longe de poluição. Tanto em pequena escala, como em uma casa ou sítio, quanto em condomínios de milhares de unidades.
Living Machine, em Auroville, na Índia
Para saber mais:
http://www.phytorestore.com.br
http://g1.globo.com/platb/globo-news-cidades-e-solucoes
http://www.actu-environnement.com/ae/news/1768.php4
http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=464
http://www.comunidadebancodoplaneta.com.br/profiles/blogs/jardins-filtrantes-garantem