MANEJO FLORESTAL DE IMPACTO REDUZIDO
Mobiliário de madeira de redescobrimento
Neste tipo de manejo florestal, a relação e a preocupação com a madeira acontecem muito antes da compra da matéria-prima. Ocorre no respeito ao meio-ambiente, a fauna e a flora. Esse zelo é refletido em todo processo de confecção das peças e a equipe é treinada sobre os conceitos do manejo florestal, cuidados e manutenções, estrutura das madeiras, entre outros.
A matéria-prima provém de floresta de manejo de impacto reduzido no norte do Pará. A principal diferença entre o manejo de impacto reduzido e o convencional é o planejamento, que engloba desde o mapeamento da floresta, estudos das espécies, catalogação das árvores, estudo sobre o corte, construção planejada das vias de acesso e equipamentos de corte e retirada da madeira com transporte específico, além do acompanhamento da recuperação da área após o corte.
O princípio da sustentabilidade permeia toda a prática do manejo. A conservação da mata só ocorre quando a população local entende que a floresta vale mais de pé do que derrubada, retirando-se somente as árvores que serão utilizadas na indústria e na quantidade necessária. Assim, todos os anos haverá árvores prontas para corte, desde que haja a preservação de mudas, de outras espécies e do cuidado para que a fauna continue em seu habitat natural.
O manejo de baixo impacto segue uma série de regras como: a construção da estrada principal com largura de 7 m (para a passagem de grandes caminhões), estradas secundárias, pátio central, pátios secundários, utilização de skiters (trator especial com pneus de borracha que agride pouco o solo), entre outros.
Além disso, há todo o planejamento do corte, estudo sobre a queda da árvore, preparação da área (corte dos cipós que circulam a árvore que será derrubada), mapas das áreas da floresta, deslocamento da tora sem danificar ou derrubar outras árvores, transporte da madeira até o pátio de estocagem.
Posterior ao corte há o monitoramento da área para acompanhar a sua recuperação. Isso significa um período de 20 a 30 anos para que uma nova árvore possa ser retirada naquela área, permitindo assim a recuperação da floresta e o crescimento de novas plantas com tamanho ideal para o corte.
A confecção de mobiliário de madeira de redescobrimento utiliza madeira (troncos) que normalmente são descartadas pela indústria moveleira, pois possuem um grau de aproveitamento muito baixo, pela quantidade de “defeitos” presentes nas toras. O que é defeito para indústria, para a Tora é o detalhe que torna o produto singular. É o design natural.
A criação das peças valoriza o trabalho da natureza, com suas formas excêntricas, as adaptando as necessidades do homem contemporâneo. O acabamento preserva as características naturais da madeira como; cor, cheiro, forma e aspecto.
As peças exploram as formas criadas pela natureza, como as marcas deixadas pelo tempo, insetos, animais que habitaram a árvore, época de chuva e de seca. Isto é, toda a história vivida pela planta, que ficou registrada na madeira.
Fonte: http://www.torabrasil.com.br/